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"Eu sou feita de sonhos interrompidos, detalhes despercebidos. Sou feita de choros sem ter razão, pessoas no coração, atos por impulsão. Sinto falta de lugares que não conheci, experiências que não vivi, momentos que já esqueci. Eu sou AMOR e CARINHO constante, distraída até o bastante, não paro por instante. Já Tive noites mal dormidas. Perdi pessoas muito queridas, cumpri coisas não-prometidas. Muitas vezes eu desisti sem mesmo tentar, pensei em fugir,para não enfrentar, sorri para não chorar. Eu sinto pelas coisas que não mudei, amizades que não cultivei, aqueles que eu julguei, coisas que eu falei. Tenho saudades de pessoas que fui conhecendo, lembranças que fui esquecendo, amigos que acabei perdendo, Mas continuo VIVENDO e APRENDENDO."

segunda-feira, 12 de abril de 2010

DE QUEM É A CULPA MESMO?????

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É tão imbecil ver as pessoas discutindo quem tem culpa diante de uma tragédia como a que assolou o Rio de janeiro. A sociedade diz que a culpa é do Governador, do Prefeito. Por sua vez o Governador diz que a culpa é da sociedade. Vem os especialistas e culpam as ocupações próximas as encostas dos morros. A defesa civil e os bombeiros não conseguem dar conta de todos os transtornos causados pelas manifestações da Natureza. Os telefones de emergência, não funcionaram na hora da emergência. Alguns prevêem o fim do mundo. Outros se questionam por que Deus não intervém para livrar pelo menos as crianças. Então as autoridades descobrem que dezenas de comunidades foram erguidas sob antigos Lixões. As favelas continuam crescendo, sofrendo as consequências da falta de infra-estrutura. O povo, ricos e pobres, ignoram alguns princípios básicos de educação, como evitar jogar papéis nas ruas, entupir bueiros, atolar os Rios de todo tipo de material: plásticos, garrafas, sacos, sofás. Não adianta tapar a linha amarela e nem a linha vermelha para esconder a pobreza. Porque a pobreza é de espírito. As únicas vítimas dessa história são as crianças. Crianças que estão nascendo e vivendo sem chance, sem futuro, sem oportunidades. Mas a natureza é indiferente. Ela não se importa se é criança, cachorro, gato, papagaio, deputado, Presidente, padre, pastor, Pai de Santo. O Mundo não vai acabar, mas a Raça Humana pagará por ser o câncer desse planeta. Já está pagando. Dinheiro no mundo nenhum corrompe a Natureza. Corrompe Juiz, Corrompe Político, Corrompe Policial, mas não corrompe a maior de todas as forças. Enquanto os homens brigam por Petróleo, discutem quem vai ficar com o dinheiro do que, a Natureza em pequenas demonstrações prova que toda esta ganância de nada adianta diante de sua soberania. O pior é saber que a mentalidade do brasileiro é sempre pós-tragédia. É depois que vidas foram perdidas, Famílias destruídas, o sofrimento instaurado que nos damos conta de tudo isso poderia ser evitado.
 Mas quem são os culpados?
Todos nós.

O mais engraçado e a preocupação geral e o cinismo das nossas autoridades com a repercussão do Caos e como isso poderia interferir nos próximos eventos que receberemos. Copa do Mundo e Olimpíadas. Só um completo cego, irresponsável e demagogo pode dizer que nós temos condições de receber mais do que algumas micaretas passeando pelas ruas. Não se trata de ser uma chuva, algo atípico, improvável, imprevisível. Trata-se de um local saqueado durante séculos, que não oferece condições nenhuma nem para seus próprios habitantes, quem dirá, para os visitantes. Qualquer pequena manifestação seja da natureza, seja de ordem social que saia dos padrões do "empurra com a barriga" automaticamente sai do controle e consequentemente desmascara essa VERGONHA que é a nossa realidade REAL ( desculpem a redundância ). Suponhamos que tenha uma situação de emergência num desses grandes eventos.
Quem eles atenderão primeiro? A população ou os visitantes? Sim, porque estamos falando de um sistema de exclusão. A demanda de uma tragédia como a que passamos agora é grande e ficou muito claro que não temos contingentes suficientes para atender a todos.É óbvio que não estou criticando o trabalho dos homens que se arriscaram e estão se arriscando para salvar vidas, mas as condições de trabalho que são oferecidas aos mesmos. A pressão que lhes é imposta num momento desses. Por exclusão, o raciocínio foi o seguinte.
Caiu uma barreira na Comunidade onde mora meu amigo Fábio Brasil. A passagem ficou interditada durante dois dias. Não subia e nem descia ninguém. Imagino que isso possa ter acontecido com outras pessoas em outros lugares. Ficaram longos períodos sem energia elétrica. Uma vez que ligaram para a defesa civil pedindo ajuda, foram enfáticos: Tem vítimas fatais? Se não tem, desculpem, mas estamos priorizando os lugares onde tem vítimas fatais. É lógico que estavam completamente corretos. Salvar vidas é o objetivo principal, mas num caso de calamidade completa, qual será o critério de salvar onde tem vítimas graves?
Riqueza? Pobreza?
O Rio de janeiro, assim como outros Estados dessa nação que se impõe como capaz de assumir grandes responsabilidades, tem que estar preparada para atender a todos em suas necessidades, primárias ou secundárias. Desaba uma barreira e não tem vítimas fatais, mas e se desabar outra? E se onde moram pessoas que estão isoladas, sem energia elétrica existe algum doente, alguma pessoa com necessidades especiais que precisa de atendimento?
Não terá ambulância para todos, não terá um contingente para ajudar, não tem nem como avisar.
Definitivamente, é PATÉTICO, achar que temos condições de promover eventos tão importantes, antes de promovermos uma real integração entre os sistemas de Segurança, Saúde, educacionais e infra-estrutura básica, para evitarmos e prevenirmos as tragédias.Se existe algo a ser exaltado é sem dúvida nenhuma a solidariedade das pessoas que conseguem através desse sentimento mobilizar amigos, familiares e cidadãos de todos os lugares no auxílio das vítimas. No depois, nós somos bons. Porque não conseguimos ser bons no ANTES, na PREVENÇÃO?
Governador, a culpa é do senhor que por sua vez foi eleito por nós que temos culpa de estarmos elegendo há tanto tempo pessoas que representam exatamente o espírito de preocupação dos cidadãos dessa cidade para com suas necessidades e direitos. Muito de nossa culpa vem pelo desinteresse pelo que é PÚBLICO. Pelo desinteresse com a política, com as nossas escolhas. Se foi nessa administração que o Caos se instalou e a casa caiu, todos somos culpados, pois isto é apenas o reflexo do acúmulo de obrigações que insistimos em fingir que não cabe a nós. Nesse momento é hora de deixar as diferenças de lado e salvar as vítimas, ajudar os que precisam.Mas é um bom momento também para refletirmos em qual é nosso papel e o quanto colaboramos para que este tipo de tragédia nos atinja.Vai continuar ventando ,chovendo, tendo ressacas, e outras manifestações do poder supremo que é a NATUREZA.
Estamos preparados para tais relações com o que não podemos COMPRAR OU CORROMPER?
Fica a questão.




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